ATENÇÃO AOS MOMENTOS DRAMÁTICOS:
- 0:16 Ela faz TROLLFACE
- 2:53 Ela canta um B6 (1980hz) - o último si de um teclado de 5 oitavas, 5 linhas suplementares acima da pauta com clave de sol. [Scientific pitch notation] Leitor[a] diz que é um C7.
- 3:48 Ela faz um mi bemol de soprano bem longo (uns 9 segundos) e termina num lá bemol agudo - pra cima.
Zoação 1:
Zoação 2: [clique para ampliar]
Agora sério:
Assisti umas dezenas de sopranos leves exibindo suas coloraturas ligeiras no papel de Olímpia na ópera Les contes d'Hoffmann do Offenbach. Essa gaúcha, na minha opinião, tem sido a melhor no papel até então. Equilibrada, graciosa, apropriada ao papel de corpo e alma.
Ela é uma boneca perfeita. Baixinha, entra no palco carregada como um brinquedo. Tem mão de barbie, pé de princesa. A gesticulação e a atuação são convincentes e naturais. Ela não parece "engessada" mecanicamente, e ao mesmo tempo não foge do papel de uma boneca mágica. Cada vibrato dela é pensado, reparem bem! Sem contar que a orquestra é ótima, além de estar devidamente caracterizada de brinquedo!
Problemas musicais? Nenhum. Só sinto falta de contrastes dinâmicos (como pianíssimos que fazem as divas Sumi Jo, Natalie Dessay e Luciana Serra).
Algum problema não-musical? Acho que ficou forçado demais pro humor. Tudo bem, fazer circo com ária é legal de vez em quando, mas eu não curti nesse caso, porque parece que não mostra o melhor nem da cantora nem da obra. A aria é ideal pra voz dela, mas daí a chegar fazendo TROLLFACE e chamando o maestro de "mamãe" pra mim já era suficiente... insistir nesses apelos me pareceu forçado. Aí vai o maestro falar que ela dá defeito (na hora de dar corda) porque é "made in China"... (Análise de discurso aí? Não, vou poupá-los.) Também achei muito demorado o intervalo pra recarregar a boneca, enfim, achei desnecessário o circo. Podem me crucificar por isso. Xinguem livremente nos comentários.
Um comentário:
its a C6, not B6.
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